Enunciado

Use o Teorema de Stokes para calcular ∫ ∫ S r o t   F .   d S

3- F x , y , z = x 2 e y z i + y 2 e x z j + z 2 e x y k ,

S é o hemisfério x 2 + y 2 + z 2 = 4 ,   z ≥ 0 , com orientação para cima.

Passo 1

Olá, tudo bem? Vamos analisar o que a questão quer.

Ela diz para usar o Teorema de Stokes para calcular

∫ ∫ S r o t   F .   d S

Sendo

F x , y , z = x 2 e y z i + y 2 e x z j + z 2 e x y k

E a superfície S é o hemisfério

x 2 + y 2 + z 2 = 4

Que está acima do plano z ≥ 5 , com orientação para cima.

Ok! Vamos lembrar que o Teorema de Stokes diz o seguinte:

∫ ∫ S r o t   F .   d S = ∫ C F   d r

Então, vamos fazer o seguinte:

Calcularemos a integral de linha proveniente do Teorema de Stokes

Na integral de linha, vamos achar a curva C , parametrizar e calcular d r → ; depois achar o campo em função da curva e calcular o produto escalar, e finalmente montar a integral e resolver.

Partiu?

Passo 2

Como precisamos de uma curva fechada na integral de linha, vamos usar a superfície fechada formada pelo paraboloide

x 2 + y 2 + z 2 = 4

Com z ≥ 0

E o plano z = 0 , nesse plano o paraboloide forma a seguinte equação:

x 2 + y 2 = 4

Que é um círculo de raio igual a 2 e uma parametrização comum do círculo é

x = r cos ⁡ t

y = r sen ⁡ t

z = z

Como temos r = 2 e z = 0

A equação parametrizada vale:

r t = 2 cos ⁡ ( t ) i + 2 sin ⁡ t j

E sua derivada em relação a t vale:

r ' t = - 2 sin ⁡ t i + 2 cos ⁡ t j d t

E r ' t = d r

Onde t por ser um círculo fechado vai de 0 ≤ t ≤ 2 π

Passo 3

Agora, precisamos colocar o campo vetorial

F x , y , z = x 2 e y z i + y 2 e x z j + z 2 e x y k

Nas novas coordenadas, temos então

F r t

Simplesmente vamos substituir x , y , z por

x = 2 cos ⁡ t

y = 2 sen ⁡ t

z = 0

Ficaremos com

F r t = ( 4 cos 2 ⁡ t e 0 , 4 sin 2 ⁡ ( t ) e 0 , 0 )

Simplificando:

F r t = ( 4 cos 2 ⁡ t , 4 sin 2 ⁡ ( t ) , 0 )

Agora, calculando o produto escalar entre F e r ' t :

F r t ∙ r ' t = ( 4 cos 2 ⁡ t , 4 sin 2 ⁡ ( t ) , 0 ) ∙   ( - 2 sin ⁡ t , 2 cos ⁡ ( t ) )   d t

F r t ∙ r ' t = - 8 cos 2 ⁡ t sin ⁡ t + 8 sin 2 ⁡ t cos ⁡ t

Muito bem! Só falta montar a integral!

Passo 4

A integral de linha que devemos resolver

∫ C F   d r

Vai ficar assim depois de substituir tudo que achamos:

∫ C F   d r = ∫ 0 2 π - 8 cos 2 ⁡ t sin ⁡ t + 8 sin 2 ⁡ t cos ⁡ t d t

Podemos separar essa soma em duas integrais, pois a integral da soma é igual a soma das integrais:

∫ 0 2 π - 8 cos 2 ⁡ t sin ⁡ t d t + ∫ 0 2 π ( 8 sin 2 ⁡ t cos ⁡ t )   d t

Na primeira integral vamos aplicar a seguinte substituição:

u = cos ⁡ t

d u = - sin ⁡ t

E na segunda aplicar a substituição:

v = sin ⁡ t

d v = cos ⁡ t

O que nos dá a integral:

8 ∫ u 2 d u + 8 ∫ v 2 d v

Resolvendo ambas integrais:

8 u 3 3 + 8 v 3 3

Voltando para o domínio t , lembrando que u = cos ⁡ t e v = sin ⁡ t :

sin 3 ⁡ t 3 0 2 π + cos 3 ⁡ t 3 0 2 π

Aplicando os limites:

8 [ 0 + 1 - 1 ] = 0

Assim o valor da nossa integral de linha é

∫ C F   d r = 0

Certinho?

Resposta

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