Enunciado

40. A massa de 2   k g é liberada a partir do repouso a uma distância x 0 à direita da posição de equilíbrio. Determine o deslocamento   x como uma função do tempo.

Passo 1

Primeiramente, dado que temos a nossa mola com constante elástica k ; o que temos que fazer é determinar a frequência angular natural do nosso sistema, que é dada pela seguinte relação abaixo:

ω n = k m

E substituindo os valores numéricos pertencentes a cada variável, chegamos à:

ω n = 98   N / m 2   k g

ω n = 7   r a d / s

Passo 2

E agora, vamos lembrar que o fator de amortecimento ξ está relacionado com a frequência natural ω n e o coeficiente de amortecimento viscoso c pela seguinte fórmula:

ξ = c 2 m ω n

Substituindo os valores numéricos que já temos, obtemos que:

ξ = 42   N ⋅ s m 2 2,0   k g ( 7   r a d / s )

ξ = 1,5

Partindo desse fator de amortecimento, é que vamos obter as relações que queremos para descrever a fórmula da posição x , a qual vai ser dada pela fórmula da equação amortecida para vibração livre amortecida, descrita por:

x = A 1 e λ 1 t + A 2 e λ 2 t

Onde λ 1 e λ 2 são dadas pela seguinte fórmula:

λ 1.2 = ω n - ξ ± ξ 2 - 1

λ 1.2 = ( 7   r a d / s ) ⋅ - 1,5 ± ( 1,5 ) 2 - 1

E obtemos dois valores para nosso λ , um máximo λ 1 e outro mínimo λ 2 :

λ 1 ≅ - 2,674

λ 2 = - 18,326

De forma que nossa equação de posição fica com o seguinte aspecto:

x = A 1 e - 2,764 t + A 2 e - 18,326 t

Passo 3

Agora vamos parar um pouco pra analisar a equação de posição x .

No instante inicial t = 0 , a posição inicial x 0 é dada por nada mais nada menos do que a soma da amplitude A 1 com   A 2 .

x 0 = A 1 + A 2

E a velocidade nesse instante de tempo é igual à zero! O que isso quer dizer? Ora bolas! Se derivarmos x em relação ao tempo e depois igualarmos a zero, é bem capaz de obtermos outra relação entre A 1 e A 2 . Quer ver só?

x = A 1 e - 2,764 t + A 2 e - 18,326 t

x ˙ = - 2,674 A 1 e - 2,764 t - 18,326 A 2 e - 18,326 t

Só que a nossa velocidade nesse instante de tempo inicial é igual à zero! Ou seja:

0 = - 2,674 A 1 e - 2,764 t - 18,326 A 2 e - 18,326 t

0 = - 2,674 A 1 - 18,326 A 2

E finalmente chegamos ao seguinte sistema, com duas equações e duas incógnitas:

A 1 + A 2 = x 0   ( i ) - 2,674 A 1 - 18,326 A 2 = 0   ( i i )

Vamos resolvê-lo:

- 2,674 A 1 - 18,326 A 2 = 0   ( i i )

- 2,674 A 1 = 18,326 A 2

A 2 = - 0,1459 A 1

A 1 + A 2 = x 0   ( i )

A 1 - 0,1459 A 1 = x 0  

A 1 ≅ 1,171 x 0

E consequentemente:

A 2 = - 0,1459 A 1

A 2 = - 0,1459 ( 1,171 x 0 )

A 2 = - 0,1708 x 0

Aleluia! Só falta agora, substituir A 1 e A 2 na nossa equação de posição x :

x = 1,171 x 0 e - 2,764 t - 0,1708 x 0 e - 18,326 t

Pronto! Resposta Encontrada.

Resposta

x = 1,171 x 0 e - 2,764 t - 0,1708 x 0 e - 18,326 t

Ver Outros Exercícios desse livro

Exercícios de Livros Relacionados

Quando um colar de 3 kg é colocado sobre o prato da balança que está preso à mola de constante desconhecida, observa-se que a deflexão estática adicional é de 42 mm. Determine a constante da mola k em
Determine a frequência natural do sistema massa-mola, tanto em radianos por segundo quanto em ciclos por segundo (Hz).
O pistão vertical possui uma massa de 2.5 kg e é sustentado pelas duas molas, que estão sempre em compressão. Calcule a frequência natural f n de vibração do pistão se ele é deslocado da posição de eq
Mostre que a frequência natural de um sistema massa-mola orientado verticalmente, tal como o do Prob. 8/1, pode ser expressa comoω n = g δ e s t onde δ e s t é a deflexão estática.
Para o sistema massa-mola mostrado, determine a deflexão estática δ e s t , o período τ do sistema, e a velocidade máxima v m á x á que resultam quando o cilindro é deslocado de 100mm para baixo a par