Enunciado

Administrando um Recurso Renovável. Suponha que a população y de determinada espécie de peixe (por exemplor, atum ou linguado gigante) em certa área do oceano é descrita pela equação logística

d y d t = r ( 1 - y / K ) y

Embora seja desejável utilizar essa fonte de alimento, é claro, instuitivamente, que, se forem pescados peixes demais, a população de peixes pode ser reduzida a um nível abaixo de utilizade, podemos até ser levada à extinção. Os problemas 20 e 21 exploram algumas das questões envolvidas na formulação de uma estratégia racional para administrar a pesca.

20. Para determinado nível de empenho, é ravoável supor que a taxa segundo a qual são pegos os peixes depende da população y : quanto mais peixes existirem, mais fácil será pegá-los. Vamos supor então que a taxa segundo a qual os peixes são pegos é dada por E y , em que E é uma constante positiva, com unidades iguais ao inverso do tempo, que mede o empenho total feito para administrar a espécie de peixe em consideração. Para incluir esse efeito, a equação logística é substituída por

d y d t = r ( 1 - y / K ) y - E y

Essa questão é conhecida como modelo de Schaefer, em homenagem ao biologista M. B. Schaefer, que a aplicou a população de peixes.

(a) Mostre que, se E < r , então existem dois pontos de equilíbrio, y 1 = 0 e y 2 = K ( 1 - E / r ) > 0 .

(b) Mostre que y = y 1 é instável e que y = y 2 é assintoticamente estável.

(c) Um produção sustentável Y de pesca é uma taxa segundo a qual os peixes podem ser pescados indefinidamente. É o produto do empenho E com a população assintoticamente estável y 2 . Encontre Y em função do esforço E ; o gráfico dessa função é conhecida como curva produção-empenho.

(d) Determine E de modo a maximizar Y encontrando, assim, a produção máxima sustental Y m .

Passo 1

Meus deus, que questão gigante. Nem quero mais faze-la, mas fazer o que...

Passo 2

(a) Em uma dada equação, quando buscando pontos de equilíbrio, queremos saber quando a derivada é nula, ou seja

d y d t = r 1 - y K y - E y = 0

Assim temos

r 1 - y K - E y = 0

Assim temos que nosso primeiro ponto de equilíbrio é dado em y 1 = 0

O outro é dado por

r 1 - y 2 K - E = 0

Ou seja

y 2 = K 1 - E r

Com E < r

Passo 3

(b) Se os pontos em torno de um ponto de equilíbrio forem maiores que zero em ambos os lados, então temos estabilidade. Caso sejam menores que zero, temos instabilidade.

Então vamos primeiro em y = y 1 = 0

Pela esquerda

lim t → 0 - ⁡ r 1 - y K - E y

O termo entre parênteses será maior que 1, assim teremos que α r - E > 0 , onde α = ( 1 - y / K )

Entretanto não podemos esquecer o y fora do parênteses que será sempre negativo para valores menores que 0 . Desta forma temos que

lim t → 0 - ⁡ r 1 - y K - E y < 0

Já para o limite pela direita

lim t → 0 + ⁡ r 1 - y K - E y

O valores dentro do parênteses será menor que 1, assim temos que α r - E < 0 .

Enquanto o y fora do parentes será sempre positivo assim temos que

lim t → 0 + ⁡ r 1 - y K - E y < 0

O que torna y 1 um ponto instável

Agora para y 2 = K 1 - E / r

lim y → K 1 - E r ± ⁡ r 1 - y K - E y = E ± - E K 1 - E ± r

Temos que E ± < r assim

1 - E ± r > 0

O que nos dá que para E + a derivada é positiva e para E - a derivada é negativa. Assim temos que y 2 é semi-estável (olhar exercício 7).

Passo 4

(c) Como indicado em nosso enunciado, uma produção sustentável Y é dada pelo produto do empenho pela produção assintoticamanete estável y 2 , ou seja

Y = E y 2 = K E 1 - E r

Incrível que o exercício nos deu a resposta.

Passo 5

(d) Para isso basta diferenciar Y em função de E , ou seja

d Y d E = K 1 - 2 E r

E para maximizar, queremos

K 1 - 2 E r = 0 → E = r / 2

Resposta

  1. y 1 = 0 e y 2 = K ( 1 - E / r )
  2. Y = K E ( 1 - E / r )
  3. E = r / 2
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