Enunciado

Encontre o raio de convergência e o intervalo de convergência da série.

∑ n = 1 ∞ - 1 n x n n 2  

Passo 1

E aí, colegas! Tudo certinho?

A questão basicamente quer que a gente chegue nos valores de x para quais a série abaixo converge:

∑ n = 1 ∞ - 1 n x n n 2  

Precisaremos achar esse intervalo e testar os valores extremos desse mesmo intervalo para entendermos se eles estão incluídos ou não nos valores que fazer a série convergir.

Quando temos essa missão, dois tipos de testes ajudam muito: o Teste da Raiz e o Teste da Razão. Aqui vamos usar o Teste da razão, lembra dele? calculamos o limite:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n = L      

Se: L < 1 → a série ∑ a n é absolutamente convergente (e, portanto, convergente). Se L > 1 → a série ∑ a n é divergente (o mesmo para L = ∞ )e se L = 1 → o teste é inconclusivo.

Já te adianto que lá pro final do nosso processo vamos precisar de alguns conceitos que seria legal a gente já retomar aqui:

  • Para a série-p, temos:

∑ n = 1 ∞ 1 n p

É convergente se p > 1 e é divergente se p ≤ 1 .

  • Teste da Série Alternada:

∑ n = 1 ∞ - 1 n - 1 b n

Se a série acima satisfaz as condições: (i) b n + 1 ≤ b n para todo n   e (ii) lim n ��� ∞ ⁡ b n = 0 , a série converge.

Show? Bora lá.

Passo 2

Através do enunciado, vemos que:

a n = - 1 n x n n 2

Para a n + 1 precisamos substituir n por n + 1 :

a n + 1 = - 1 n + 1 x n + 1 ( n + 1 ) 2

Ao aplicar o Teste da Razão na série dada e já resolvendo a divisão de fração, multiplicando a primeira pelo inverso da segunda, temos que:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n = lim n → ∞ ⁡ - 1 n + 1 x n + 1 ( n + 1 ) 2 ⋅ n 2 - 1 n x n

Reescrevendo a equação acima de forma mais simplificada usando b m + n = b m   ⋅ b n   e cortando os termos iguais, obtemos

lim n → ∞ ⁡ - 1 n   - 1 x n x ( n + 1 ) 2 ⋅ n 2 - 1 n x n = lim n → ∞ ⁡ - 1 x n n + 1 2

Como temos um módulo e o módulo só retorna valores positivos, esse termo ( - 1 ) pode ser desprezado e já podemos aproveitar para dividir o numerador e o denominador por n para facilitar a análise do limite:

lim n → ∞ ⁡ x 1 1 + 1 / n 2 = | x |

Logo, para ser convergente precisamos que o valor do limite seja aquele que o Teste da Razão estabelece:

L = | x | < 1

Portanto, o raio de convergência R = 1 .

Passo 3

Agora devemos avaliar o intervalo de convergência. Sabemos que a série converge para valores tais que:

| x | < 1

Tirando do módulo teremos também os valores iguais aos positivos, mas com sinal trocado:

- 1 < x < 1

Para determinar se os extremos -1 e 1 estão inclusos nesse intervalo de convergência, precisamos verificar a convergência nessas extremidades. Vamos fazer isso no próximo passo.

Passo 4

Para x = - 1 , temos que

∑ n = 1 ∞ - 1 n ( - 1 ) n n 2 = ∑ n = 1 ∞ - 1 2 n n 2 = ∑ n = 1 ∞ 1 n 2

Esta é uma série p com p > 1 , portanto é convergente.

Para x = 1 , temos que

∑ n = 1 ∞ - 1 n ( 1 ) n n 2 = ∑ n = 1 ∞ - 1 n n 2

Pelo Teste da Série Alternada:

b n = 1 n 2

  1. b n + 1 ≤ b n . Verdadeiro:
  2. 1 n + 1 2 ≤ 1 n 2

  3. lim n → ∞ ⁡ b n = 0 . Verdadeiro:

lim n → ∞ ⁡ 1 n 2 = 0

A série converge.

Portanto o intervalo de convergência é

[ - 1,1 ]

Resposta

R = 1

[ - 1,1 ]

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