Enunciado

Encontre o raio de convergência e o intervalo de convergência da série:

∑ n = 2 ∞ - 1 n x n 4 n ln ⁡ n

Passo 1

Show de bola, galera! Nessa questão precisamos encontrar o raio de convergência e o intervalo de convergência da série de uma série de potência. Ou seja, queremos saber para quais valores de x essa série converge. Para isso precisamos encontrar o raio de convergência utilizando algum método adequado.

Essa série possui um elemento elevado a n . O que indica que o teste da razão é uma opção muito razoável.

E o que é o teste da razão?!

É um teste que diz o seguinte sobre as séries:

Uma série qualquer, chamada de ∑ a n , será convergente se:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n < 1

Será divergente se:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n > 1

Caso

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n = 1

Então o teste não é conclusivo.

Agora que tudo ficou muito claro. Podemos colocar a mão na massa?!

Passo 2

Vamos definir a n e a n + 1 :

a n = - 1 n x n 4 n ln ⁡ n

a n + 1 = - 1 n + 1 x n + 1 4 n + 1 ln ⁡ n + 1

Partiu aplicar o Teste da Razão na nossa série de potências.

Partiu então calcular o seguinte limite:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n = lim n → �� ⁡ - 1 n + 1 x n + 1 4 n + 1 ln ⁡ n + 1 - 1 n x n 4 n ln ⁡ n

Vamos dar uma simplificada nisso? Veja que queremos o limite do módulo. Ou seja, não faz sentido manter os elementos - 1 n e - 1 n + 1 .

Além disso, sabemos que divisão de fração é a mesma coisa que multiplicação inversa. Então podemos fazer assim: lim n → ∞ ⁡ - 1 n + 1 x n + 1 4 n + 1 ln ⁡ n + 1 - 1 n x n 4 n ln ⁡ n =     lim n → ∞ ⁡ x n + 1 4 n + 1 ln ⁡ n + 1   .   4 n ln ⁡ n x n

Ufa!!! Bem melhor né?Vamos continuar as simplificações:

lim n → ∞ ⁡ x n   x 4 n .   4 ln ⁡ n + 1   .   4 n ln ⁡ n x n

lim n → ∞ ⁡ x   4   . ln ⁡ n + 1   .   ln ⁡ n

Resolvendo o limite acima, temos:

x   4   . ln ⁡ n + 1   .   ln ⁡ n = x 4 ∙ lim n → ∞ ⁡ ln ⁡ n ln ⁡ n + 1 = x 4   .   1

Lembrando que pelo teste da razão uma série é absolutamente convergente se:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n < 1

Ou seja:

x 4 < 1

Passo 3

Logo, pelo Teste da Razão, nossa série convergirá para x 4 < 1 , ou seja, para x < 4 . Pronto! Já achamos o nosso raio de convergência R = 4 .

Show de bola! A princípio já sabemos que a nossa série converge para o intervalo ( - 4,4 ) em função do nosso raio de convergência. Mas e para os extremos do intervalo ( x = - 4 e x = 4 )? É o que vamos calcular agora.

Passo 4

Para analisar nos extremos, substituímos x pelos valores encontrados e testamos a convergência das séries:

Quando x = - 4 , ficamos com a série

∑ n = 2 ∞ 1 ln ⁡ n

Uma vez que

ln ⁡ n < n para n > 2

, 1 ln ⁡ n > 1 n

para n > 2 .

Desta forma: ∑ n = 2 ∞ 1 ln ⁡ n > ∑ n = 2 ∞ 1 n

(série harmônica divergente). Portanto, a série analisada é divergente.

Já para x = 4 , ficamos com a série ∑ n = 2 ∞ - 1 n ln ⁡ n

, que, pelo Teste da Série Alternada, é uma série convergente. Pois:

∑ n = 2 ∞ 1 ln ⁡ n

É uma série decrescente.

E além disso:

lim n → ∞ ⁡ 1 ln ⁡ n = 0

Assim sendo, os dois critérios do teste de séries alternadas foram verificados.

Desta forma, chegamos que o intervalo de convergência é dado por I = ( - 4,4 ]

Resposta

R = 4   e   I = ( - 4,4 ]

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