Enunciado

Encontre a série de Maclaurin de f (por qualquer método) e seu raio de convergência. Trace f e seus primeiros polinômios de Taylor na mesma tela. O que você observa sobre a relação entre esses polinômios e f ?

f x = ln ⁡ ( 1 + x 2 )

Passo 1

Fala pessoal, tudo bem com vocês? Bora lá resolver essa questão!

Vamos analisar o enunciado e compreender o que devemos fazer. Primeiro devemos encontrar a série de Maclaurin de f ( x ) e seu respectivo raio de convergência. Traçar os gráficos dos primeiros polinômios de Taylor e f ( x ) , e observar qual a relação entre eles.

Como resolvemos? Primeiro precisamos encontrar a série de Maclaurin a partir de algum método, podemos derivar a função e tentar comparar com alguma serie conhecida. Para determinar o raio de convergência, podemos aplicar algum teste conhecido, como o teste da razão.

Derivando a função

f ' x = 2 x 1 + x 2

f ' x = 2 x 1 1 - ( - x 2 )

Agora, podemos pensar um pouco! Vê se você concorda com o raciocínio a seguir:

Lembra da série geométrica?

∑ n = 0 ∞ r n

Onde, essa soma infinita pode ser descrita como:

S = 1 1 - r

Agora, compare com a nossa expressão de f ' x , concorda que r = - x ² ?

Assim podemos reescrever f ' x , ficando

f ' x = 2 x ∑ n = 0 ∞ - x 2 n

Reorganizando os termos, temos

f ' x = 2 x ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n

f ' x = 2 ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 1

Passo 2

Temos uma expressão para f ' x , e agora? Como encontramos f ( x ) ?

Podemos integrar em ambos os lados da igualdade. Lembrando, que tudo que não depende de x podemos colocar para fora da integral

Ficando assim

∫ f ' x d x = 2 ∑ n = 0 ∞ - 1 n ∫ x 2 n + 1 d x

f x = C + 2 ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 2 2 n + 2

Como é uma integral indefinida, irá aparecer uma constante C

Para encontrar o valor de C , vamos substituir x = 0 na função primeiro

f 0 = ln ⁡ 1 + 0 = 0

Agora, aplicando x = 0 na função encontrada temos

f x = C + 2 ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 2 2 n + 2

f 0 = C + 2 ( 0 )

C = 0

Logo, temos que

f x = 2 ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 2 2 n + 2

Podemos ainda colocar 2 em evidência no denominador e cancelar com o 2 de fora

Assim nossa série fica:

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 2 n + 1

= x 2 - x 4 2 + x 6 3 - x 8 4 + …

Passo 3

Para determinarmos o raio de convergência de f ( x ) , podemos aplicar o teste da razão.

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 2 n + 1

a n = - 1 n x 2 n + 2 n + 1

Onde nesse teste temos:

lim n → ∞ ⁡ a n + 1 a n = L

R = 1 L

Sabendo disso, temos

lim n → ∞ ⁡ - 1 n + 1 x 2 ( n + 1 ) + 2 ( n + 1 ) + 1 - 1 n x 2 n + 2 n + 1 = L

Vamos reorganizar o termo dentro do módulo primeiro:

- 1 n + 1 x 2 n + 4 n + 2 - 1 n x 2 n + 2 n + 1 = ( - 1 ) x 2 n + 4 n + 2 .   n + 1 x 2 n + 2

( - 1 ) x 2 .   n + 1 n + 2

Agora, podemos voltar ao limite

lim n → ∞ ⁡ ( - 1 ) x 2 .   n + 1 n + 2 = L

Tirando do módulo

lim n → ∞ ⁡ x 2 .   n + 1 n + 2 = L

Isolando o termo x 2 que não depende do limite e resolvendo, temos

x 2 lim n → ∞ ⁡ n + 1 n + 2 = L

x 2 = L

Para convergir, precisamos que L < 1

x 2 < 1

x < 1

Assim, o raio é

R = 1

Passo 4

O enunciado pede para traçarmos f e os primeiros polinômios de Taylor ( T n ) que são nada mais que você pegar a série somente até um certo termo, então os primeiros polinômios são (para n =   0,1 , 2,3 )

T 2 ( x ) = x 2

T 4 x = x 2 - x 4 2

T 6 x = x 2 - x 4 2 + x 6 3

T 8 x = x 2 - x 4 2 + x 6 3 - x 8 4

E assim poderíamos continuar até onde quisermos.

Passo 5

Traçando f e os primeiros polinômios de Taylor, podemos observar que quanto maior o polinômio que pegamos (maior n em T n ), maior a precisão em um raio maior.

Resposta

f x = ∑ n = 0 ∞ - 1 n x 2 n + 2 n + 1

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