Enunciado

Utilize as coordenadas esféricas.

Calcule ∭ H x 2 + y 2 d V , onde H é a região hemisférica que está acima do plano x y e abaixo da esfera x 2 + y 2 + z 2 = 1 .

Passo 1

Fala, amigos! Tudo certo?

A questão pede para calcularmos

∭ H x 2 + y 2 d V

Onde H é a bola unitária é a região hemisférica que está acima do plano x y e abaixo da esfera

x 2 + y 2 + z 2 = 1

Uma região hemisférica corresponde a metade de uma esfera.

E pede para utilizarmos coordenadas esféricas. Bom, nosso procedimento aqui é parecido com o que a gente vem fazendo. Precisamos dos limites de integração de H expressos em coordenadas esféricas e daí podemos partir para o cálculo iterado da nossa integral tripla, começando pela integral “de dentro” até calcular todas as 3 integrais.

A conversão de coordenadas retangulares em esféricas é dada por:

x = ρ   s e n ϕ cos ⁡ θ

y = ρ   s e n ϕ sen ⁡ θ

z = ρ cos ⁡ ϕ

E:

d V = ρ 2   s e n ϕ   d ρ   d ϕ   d θ  

E a distância de um ponto qualquer nesse sistema é dada por:

ρ 2 = x 2 + y 2 + z 2

Sistema de coordenadas esféricas

Então, definimos nossa integral em coordenadas esféricas e aí é só partir pro cálculo!

Vamo lá!

Passo 2

Em relação aos limites em coordenadas esféricas que descrevem uma esfera de raio 1 e centrada na origem. Sendo assim, os limites são:

  • Raio ρ :
  • Como H é uma esfera de raio 1 centrada na origem, teremos:

    0 ≤ ρ ≤ 1

  • ϕ :
  • O ângulo ϕ é tomado a partir do eixo z . Como estamos olhando somente para a metade da esfera, vamos ter ϕ percorrendo somente metade desse ângulo em z .

    0 ≤ ϕ ≤ π / 2

  • θ :

Como no plano x y temos uma circunferência completa, nosso ângulo varia em:

0 ≤ θ ≤ 2 π

Com isto, nossa integral se transformará em:

∭ B x 2 + y 2 + z 2 d V = ∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 ∫ 0 1 ( ρ 2 sen 2 ⁡ ϕ ) ⋅ ρ 2 sen ⁡ ϕ d ρ d ϕ d θ

Simplificando:

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 ∫ 0 1 ρ 4 sen 3 ⁡ ϕ d ρ d ϕ d θ

Pronto, esta é a nossa integral descrita em coordenadas esféricas.

Passo 3

Agora podemos finalmente calcular nossa integral:

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 ∫ 0 1 ρ 4 sen 3 ⁡ ϕ d ρ d ϕ d θ

Integrando em ρ e tratando ϕ como constante, temos:

∫ 0 2 π ∫ 0 π 2 ρ 5 5 0 1 sen 3 ⁡ ϕ d ϕ d θ =

Aplicando os limites de integração:

= ∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 1 5 sen 3 ⁡ ϕ d ϕ d θ

Rearranjando os termos e usando a identidade:

sen 2 ⁡ ϕ = ( 1 - cos 2 ⁡ ϕ )

Substituindo:

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 sen 3 ⁡ ϕ 5 d ϕ d θ = ∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 sen ⁡ ϕ ⋅ ( 1 - cos 2 ⁡ ϕ ) 5 d ϕ d θ

Integrando em ϕ e aplicando os limites de integração:

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 sen ⁡ ϕ ⋅ ( 1 - cos 2 ⁡ ϕ ) 5 d ϕ d θ = ∫ 0 2 π 1 5 ⋅ - cos ⁡ ϕ + cos 3 ⁡ ϕ 3 0 π 2 d θ

Agora finalmente integramos em θ :

∫ 0 2 π 1 5 ⋅ 1 - 1 3 d θ = ∫ 0 2 π 2 15 d θ = 4 π 15

E esta é a nossa resposta!

∫ 0 2 π ∫ 0 π / 2 ∫ 0 1 ρ 4 sen 3 ⁡ ϕ d ρ d ϕ d θ = 4 π 15

Resposta

4 π 15

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