Exercícios Resolvidos de Cálculo de Áreas

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Enunciado

Para quais valores de m a reta y = m x e a curva y = x x 2 + 1 delimitam uma região? Encontre a área da região.

Passo 1

Opaaa galerinha, tudo bem? Vamos que vamos!

Bom galera, nesse exercício queremos os valores de m para que a reta y = m x delimite uma região com a curva especificada.

Utilizaremos depois os conceitos de áreas entre curvas para encontrar a área da região delimitada.

Passo 2

Primeiramente, iremos encontrar os pontos de interseção, igualando os y ’s:

y = m x   e   y = x x 2 + 1

Dessa forma, temos

m x = x x 2 + 1

Como temos x dos dois lados da igualdade, uma das formas de resolver é fazendo x = 0 :

m ∙ 0 = 0 0 2 + 1

0 = 0

De fato, zero é igual a zero e a solução tá certinha, só que pra resolver a questão precisamos dos valores de m , então precisamos tentar de outro jeito!

Vamos “cortar” o x que está multiplicando os dois lados pra simplificar um pouco a expressão:

m = 1 x 2 + 1

Agora podemos resolver:

m x 2 + 1 = 1

x 2 + 1 = 1 m

x 2 = 1 m - 1

Se aplicarmos raiz quadrada dos dois lados dessa equação, temos:

x = ± 1 m - 1

Agora, vamos olhar um pouco pra esse resultado que encontramos para entender quais valores de m geram soluções válidas.

A forma mais fácil de resolver é quando m = 1 :

x = ± 1 1 - 1 = ± 1 - 1

x = ± 0 = 0

Para qualquer valor de m maior que 1 , por exemplo m = 2 , o primeiro termo da subtração fica menor que o segundo e o resultado passa a ser uma raiz negativa, o que não serve pra gente aqui:

x = ± 1 2 - 1 = ± - 1 2

Usando valores de m menores que 1 mas ainda positivos, por exemplo m = 1 / 2 , encontramos soluções válidas:

x = ± 1 ( 1 / 2 ) - 1 = ± 2 - 1 = ± 1

Mas usando valores negativos de m , também chegamos a raízes negativas, que não servem aqui:

x = ± 1 ( - 1 ) - 1 = ± - 1 - 1 = ± - 2

Dessa forma, m deve estar no intervalo 0 ≤ m ≤ 1 para que haja solução.

Passo 3

Utilizando os conceitos de área entre curvas, podemos escrever a seguinte integral

A = 2 ∫ 0 1 m - 1 x x 2 + 1 - m x d x

Para simplificar, vamos separar em duas integrais:

A = 2 ∫ 0 1 m - 1 x x 2 + 1   d x - m ∫ 0 1 m - 1 x   d x

Para a primeira vamos fazer uma substituição simples, chamando:

x 2 + 1 = u

2 x d x = d u

d x = d u 2 x

Então ficamos com:

= ∫ 1 2 u   d u

Resolvendo isso, temos:

= 1 2 ∫ 1 u d u = 1 2 ∙ l n ⁡ ( u )

Mas como o u veio da substituição, vamos retornar para termos de x :

= 1 2 ∙ l n ⁡ ( x 2 + 1 )

Agora, vamos resolver a segunda integral:

∫ 0 1 m - 1 x   d x

Apesar dos limites de integração serem complicados, temos apenas uma integral de x :

= ∫ x   d x = x 2 2

Retornando à expressão completa:

A = 2 ∫ 0 1 m - 1 x x 2 + 1   d x - m ∫ 0 1 m - 1 x   d x

Vamos substituir as duas integrais que resolvemos:

A = 2 ∙ 1 2 ln ⁡ x 2 + 1 - m x 2 2 0 1 m - 1

Podemos cortar o 2 que multiplica com os 2 dividindo ambos os termos:

A = ln ⁡ x 2 + 1 - m x 2 0 1 m - 1

Por fim, substituímos os limites de integração e fazemos as contas:

A = ln ⁡ 1 m - 1 + 1 - m ∙ 1 m - 1 - ( ln ⁡ 0 2 + 1 - m ∙ 0 2 )

A = ln ⁡ 1 m - 1 + m

Resposta

Dessa forma, m deve estar no intervalo 0 ≤ m ≤ 1 para que haja solução.

E a área da região será:

A = ln ⁡ 1 m - 1 + m