Derivadas parciais e o Vetor Gradiente
Seja .
a) Calcule as derivadas parciais de nos pontos tais que .
b) Calcule as derivadas parciais de em .
c) Existem e quando e são não-nulos?
d) Determine os pontos em que é diferenciável. Justifique.
Passo 1
a) Bom, esse passo é só derivar normalmente a função! Se temos:
Então,
Pronto, só isso!
Passo 2
b) Agora, vejamos as derivadas em . Como nesse ponto as derivadas calculadas no item possuem indeterminação, vamos calculá-las pelo limite da derivada.
Para a derivada em relação a , teremos:
Colocando a função, teremos:
Ou seja, temos que a derivada em relação a é !
Agora, fazendo o mesmo para a derivada em relação a , teremos:
Colocando a , fica:
E aí temos que a derivada em relação a também vale :D Pronto, só isso mesmo!
Passo 3
c) Aqui é basicamente resolver de novo o passo anterior, mas trocando o por ou dependendo do caso. Por exemplo, para a derivada em relação a , teríamos:
Colocando a função, teremos:
Ou seja, se temos o limite vai para infinito positivo, e para , vamos para o infinito negativo! Assim, não existe derivada para qualquer ponto .
Agora, fazendo o mesmo para a derivada em relação a , teremos:
Colocando a função, teremos:
Ou seja, se temos o limite vai para infinito positivo, e para , vamos para o infinito negativo! Assim, não existe derivada para qualquer ponto .
Passo 4
Para ver se a função é diferenciável no ponto em questão, , precisamos resolver esse limite:
E ver para que pontos ele dá ! Para tais pontos, a função será diferenciável ;)
Como as derivadas parciais na origem valem , então temos que esse limite gigante se resume a:
Para resolver agora esse limite de duas variáveis, escolhamos o caminho , por exemplo:
Como o grau de cima é menor que o de baixo, teremos:
E, quando , temos o limite indo para ! Dessa forma, vemos que o limite não pode existir, e, portanto, a função não pode ser diferenciável!
Passo 5
Sabemos que as derivadas parciais não existem para caminhos do tipo e . Sabemos, também, pelo limite calculado no passo anterior, que a função não é diferenciável em . E, além disso, em lugares nos quais elas existem e são contínuas.
Assim, a função é diferenciável apenas nos pontos tais que !
Resposta
a) e
b)
c) Não existem derivadas para pontos do tipo ou
d) A função é diferenciável nos pontos tais que