Exercícios Resolvidos de Equação da Onda

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Enunciado

Resolva a equação da onda

∂ 2 u ∂ t 2 x , t = ∂ 2 u ∂ x 2 x , t + t x ,   0 < x < π ,   t > 0 u 0 , t = u π , t = 0 ,     t > 0 u x , 0 = s e n x ,     0 < x < π ∂ u ∂ t x , 0 = 5   s e n x + 2   s e n 2 x ,     0 < x < π

Dicas: A solução geral do problema é

u x , t = ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n π a t L + b n s e n n π a t L + L n π a ∫ 0 t h n s   s e n n π a L t - s d s s e n n π x L

Os h n t são os coeficientes da expansão da série de Fourier dos senos para t x . Os a n são os coeficientes da expansão da série de Fourier dos senos para s e n x , e os b n satisfazem ∂ u ∂ t x , 0 = ∑ n = 1 ∞ b n n π a L s e n n π x L . Também ∫ a b u s e n   u d u = s e n   u - u cos ⁡ u a b .

Passo 1

Falaaa! Segura na minha mão e vamos começar! A ideia aqui é usar essa solução que ele deu, e seguir as dicas dadas também para montar ela.

Vamos só identificar umas constantes antes de começar. A gente tem que L é o comprimento da corda. Ele é basicamente o comprimento do intervalo de x . Na definição a gente tem que

0 ≤ x ≤ π

Então

L = π

A constante a , é a raiz quadrada do valor multiplicado por ∂ 2 u ∂ t 2 x , t . Não tem nada multiplicado por ele na EDP, né? Então

a = 1

Agora, vamos partir!

Passo 2

Ele começa dizendo que os a n são os coeficientes da expansão da série de Fourier dos senos para s e n x . A série tem essa cara:

s e n x = ∑ n = 1 ∞ a n s e n n π x L  

Mas lembra que L = π :

s e n x = ∑ n = 1 ∞ a n s e n n x  

Agora pensa comigo.

Para que o lado direito dessa igualdade seja igual ao esquerdo, a gente só precisa que em n = 1 , onde a gente fica com s e n x ali no somatório, a n = 1 .

E para n > 1 , quando a gente tem outros senos ali, que a n = 0 . Para sumir com esses senos diferentes.

Aí no final, esse somatório só vai representar s e n x , como a gente quer, beleza?

Daqui a gente tira então:

a 1 = 1

n > 1 ,     a n = 0

Passo 3

Depois ele diz para a gente que os b n satisfazem ∂ u ∂ t x , 0 = ∑ n = 1 ∞ b n n π a L s e n n π x L .

A gente já viu que a = 1 , L = π e na definição da função, a gente tem que:

∂ u ∂ t x , 0 = 5   s e n x + 2   s e n 2 x

Usando essas informações, essa dica fica:

5   s e n x + 2   s e n 2 x = ∑ n = 1 ∞ b n n s e n   n x

Aí a gente vai fazer um raciocínio parecido com o do passo anterior.

Para os dois lados serem iguais, a gente precisa que na direita só apareça um 5   s e n x e um 2   s e n 2 x .

A gente tem que o termo 2 s e n x só pode aparecer quando n = 1 , já que vamos substituir esse n em s e n n x . Então todo aquele termo do lado do seno, b n n precisa dar 5 . Podemos fazer

n = 1 → b 1 1 = 5 ∴ b 1 = 5

Agora para aparecer 2   s e n 2 x , precisamos olhar para n = 2 . Dessa vez, aquele termo b n n precisa ser igual a 2 :

n = 2 → b 2 2 = 2 ∴ b 2 = 1

Como não queremos que apareça mais nenhum termo de seno, porque já encontramos os dois que a gente queria, todos b n podem zerar, então a gente diz que:

b n = 0 ,   n > 2

Passo 4

Vamos encontrar h n t agora. Ele nos diz que h n t são os coeficientes da expansão da série de Fourier dos senos para t x .

Teremos essa carinha, já substituindo L = π :

t x = ∑ n = 1 ∞ h n t s e n   n x

Dessa vez não vai ter jeito, vamos precisar usar a fórmulinha com integrais para achar os coeficientes da expansão em série dos senos de F x :

h n = 2 L ∫ 0 L F x sen n π x L d x

Sendo que para a gente

F x = t x

E a gente viu nos outros passos que

L = π

Aí precisamos calcular:

h n t = 2 π ∫ 0 π t x sen n x d x

Passo 5

E a gente precisa calcular h n .

h n t = 2 t π ∫ 0 π x   sen n x d x

A gente precisa calcular

∫ 0 π x sen n x d x

Usando integração por partes, já que temos um produto entre funções. Aí a gente usa a regrinha LIATE, e chama o polinômio de u :

u = x ,     d u d x = 1 ∴ d u = d x

d v = s e n n x ∴ v = ∫ s e n n x d x = - cos ⁡ n x n

Aí a fórmulinha da integração por partes fica assim

∫ u d v = u v - ∫ v d u

∫ 0 π x sen n x d x = - x cos ⁡ n x n 0 π + ∫ 0 π cos ⁡ n x n d x = - π cos ⁡ n π n + 0 = - π - 1 n n

Aí:

h n t = 2 t π - π - 1 n n = - 2 t - 1 n n

Passo 6

Agora a gente substitui tudo que achou na solução geral que ele deu:

u x , t = ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n π a t L + b n s e n n π a t L + L n π a ∫ 0 t h n s   s e n n π a L t - s d s s e n n π x L

Como L = π ,   a = 1 :

u x , t = ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n t + b n s e n n t + 1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s s e n n x

Vamos reescrever termo por termo. Acredita em mim, vai dar certo!

u x , t = ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n t s e n n x + ∑ n = 1 ∞ b n s e n n t s e n n x + ∑ n = 1 ∞ 1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s s e n n x

Passo 7

Vamos olhar para esse:

∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n t s e n n x

A gente viu que a 1 = 1 e a n = 0 para n > 1 . Aí ele fica assim:

∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n t s e n n x = cos ⁡ t s e n x

Olhando agora:

∑ n = 1 ∞ b n s e n n t s e n n x

A gente viu que b 1 = 5 ,   b 2 = 1 e b n = 0 para n > 2 . Aí fica assim:

∑ n = 1 ∞ b n s e n n t s e n n x = 5   s e n t   s e n x + s e n 2 t   s e n 2 x

Passo 8

Por fim, mas não tão no fim assim haha, vamos olhar:

∑ n = 1 ∞ 1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s s e n n x

A gente viu que:

h n t = - 2 t - 1 n n

Só mudando de t para s (só substituir mesmo):

h n s = - 2 s - 1 n n

Aí a gente calcula

1 π ∫ 0 t - 2 s - 1 n n   s e n n t - s d s = - 2 - 1 n π n ∫ 0 t s   s e n n t - s d s

Vamos usar a substituição:

u = n t - s ∴ d u d s = - n ∴ d u - n = d s

u = n t - n s ∴ s = n t - u n

Os extremos de integração ficam:

s 1 = 0 ∴ u 1 = n t

s 2 = t ∴ u 2 = n t - t = 0

Aí a integral fica:

- 2 - 1 n π n ∫ n t 0 - 1 n n t - u n   s e n u d u

= 2 - 1 n t π n 2 ∫ n t 0   s e n u d u - 2 - 1 n π n 3 ∫ n t 0 u   s e n u d u

Passo 9

Calculando cada termo

2 - 1 n π n 2 ∫ n t 0 t   s e n u d u = 2 - 1 n t π n 2 - cos ⁡ 0 + cos ⁡ n t = 2 - 1 n t π n 2 - 1 + cos ⁡ n t

Para o termo a seguir a gente vai usar a dica do enunciado:

∫ a b u s e n   u d u = s e n   u - u cos ⁡ u a b

2 - 1 n π n 3 ∫ n t 0 u   s e n u d u = 2 - 1 n π n 3 s e n   u - u cos ⁡ u n t 0

2 - 1 n π n 3 ∫ n t 0 u   s e n u d u = 2 - 1 n π n 3 0 - 0 - s e n n t + n t cos ⁡ n t

2 - 1 n π n 3 ∫ n t 0 u   s e n u d u = 2 - 1 n π n 3 - s e n n t + n t cos ⁡ n t

Aí aquele termo grandão fica:

1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s = 2 - 1 n t π n 2 ∫ n t 0   s e n u d u - 2 - 1 n π n 3 ∫ n t 0 u   s e n u d u

1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s = 2 - 1 n t π n 2 - 1 + cos ⁡ n t - 2 - 1 n π n 3 - s e n n t + n t cos ⁡ n t

1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s = 2 - 1 n π n 2 t - 1 + cos ⁡ n t - - s e n n t + n t cos ⁡ n t n

∑ n = 1 ∞ 1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s s e n n x

∑ n = 1 ∞ 2 - 1 n π n 2 t - 1 + cos ⁡ n t - - s e n n t + n t cos ⁡ n t n s e n n x

∑ n = 1 ∞ 2 - 1 n π n 3 t - n + n cos ⁡ n t - - s e n n t + n t cos ⁡ n t s e n n x

∑ n = 1 ∞ 2 - 1 n π n 3 - t n + n t cos ⁡ n t + s e n n t - n t cos ⁡ n t s e n n x

∑ n = 1 ∞ 2 - 1 n π n 3 - t n + s e n n t s e n n x

Passo 10

Aí finalmente nossa solução fica

u x , t = ∑ n = 1 ∞ a n cos ⁡ n t s e n n x + ∑ n = 1 ∞ b n s e n n t s e n n x + ∑ n = 1 ∞ 1 π ∫ 0 t h n s   s e n n t - s d s s e n n x

u x , t = cos ⁡ t   s e n x + 5   s e n t   s e n x + s e n 2 t   s e n 2 x + ∑ n = 1 ∞ 2 - 1 n π n 3 - t n + s e n n t s e n n x

Ufa! Conseguimos!

Resposta

u x , t = cos ⁡ t   s e n x + 5   s e n t   s e n x + s e n 2 t   s e n 2 x + ∑ n = 1 ∞ 2 - 1 n π n 3 - t n + s e n n t s e n n x

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