Exercícios Resolvidos de Velocidade e Potência de uma Onda na Corda

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Enunciado

Uma onda transversal senoidal com um comprimento de onda de 80 cm propaga-se no sentido positivo de um eixo x. A figura abaixo mostra a velocidade transversal da partícula situada em x = 0 em função do tempo.

a) Determine a frequência e a velocidade de propagação da onda.

b) Determine a amplitude da onda (máximo deslocamento das partículas).

c) Determine a função de onda y(x,t) e faça o gráfico entre x = 0 e x = 80 cm no instante t = 2 s.

Considere agora que a onda acima se superponha a outra onda com a mesma frequência e mesma amplitude, mas com uma diferença de fase φ em relação a ela.

d) Encontre a diferença de fase φ para que a taxa média de energia transportada pela onda resultante seja o dobro da transportada por cada onda, separadamente.

Passo 1

a) Nós sabemos que a função de uma onda é parecida com isso aqui:

y x , t = A sin ⁡ ( k x - ω t + φ )

Repare que eu coloquei um sinal de menos ali no v t porque tá se propagando no sentido positivo do eixo x.

Se nós derivarmos essa função em relação a t encontramos a velocidade das partículas, que é o gráfico que ele deu. Então:

∂ y x , t ∂ t = - ω A cos ⁡ ( k x - ω t + φ )

E fazendo x = 0:

∂ y 0 , t ∂ t = - ω A cos ⁡ ( - ω t + φ )

Pelo gráfico, T = 4 s. E como:

T = 4 = 2 π ω

ω = π 2   r a d / s

Show! Temos uma relação pra frequência também:

ω = 2 π f

Então:

π 2 = 2 π f

f = 0,25   H z

Passo 2

Além disso tudo, como ele disse o comprimento de onda nós temos:

v = λ f

v = 0,8 × 0,25

v = 0,2   m / s

Passo 3

b) O gráfico dado é:

∂ y 0 , t ∂ t = - ω A cos ⁡ ( - ω t + φ )

E a amplitude é igual a 0,05 m/s. Então:

ω A = 0,05

π A 2 = 0,05

A = 1 10 π   m

Passo 4

Nós precisamos achar:

y x , t = A sin ⁡ ( k x - ω t + φ )

Já conhecemos ω e A, faltam φ e k.

Para achar φ vamos fazer:

∂ y 0,0 ∂ t = - ω A cos ⁡ φ

Quando derivamos y com relação ao tempo, achamos a velocidade transversal. E como o gráfico que ele deu foi de velocidade, vamos pegar o ponto do gráfico em que t = 0 , porque nesse gráfico x já é zero. Então:

∂ y 0,0 ∂ t = - ω A cos ⁡ φ = 0

Então:

cos ⁡ φ = 0

φ = π / 2

Para achar k:

k = 2 π λ

Como nós já temos o comprimento de onda que é 0,8 m:

k = 2 π 0,8

k = 5 π 2

Então:

y x , t = 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - π 2 t + π 2

Para t = 2 s:

y x , 2 = 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - 2 π 2 + π 2

y x , 2 = 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - π 2

E o gráfico vai ficar mais ou menos assim:

Passo 5

d) Esse item D é muito chato! Compartilho do seu sofrimento, tô contigo. Vamos com calma que vai dar certo, may the Force be with us.

Tem uma coisa que você precisa saber. A taxa média de energia transportada é a potência média. E a potência é proporcional ao quadrado da amplitude!

A potência da onda resultante vai ser então:

P r M É D I A ∝   A r 2

Esse sinalzinho quer dizer proporcional.

E a potência das ondas originais é:

P M É D I A ∝ A 2

Porque as ondas originais têm a mesma amplitude.

Como nós queremos que:

P r M É D I A = 2 P M É D I A

Então a relação entre as amplitudes deve ser:

A r 2 = 2 A 2

A r = 2 A

Show? Grave isso!

Passo 6

A segunda onda vai ter uma equação assim:

y * x , t = 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - π 2 t + φ

Tem a mesma amplitude, a mesma frequência e a mesma velocidade (a velocidade só depende do meio) que a primeira, só muda a diferença de fase.

A onda resultante vai ser a soma das duas:

y r x , t = y x , t + y * ( x , t )

E substituindo:

y r x , t = 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - π 2 t + π 2 + 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - π 2 t + φ

Passo 7

Show! Agora, vem uma pegada de trigonometria. Vamos usar a fórmula:

s e n a + s e n b = 2 s e n a + b 2 c o s a - b 2

Então:

y r x , t = 1 10 π 2 s e n 5 π 2 x - π 2 t + π 4 + φ 2 c o s π - 2 φ 4

y r x , t = 1 5 π c o s π - 2 φ 4 s e n 5 π 2 x - π 2 t + π 4 + φ 2

Repare que a amplitude é a parte da função que não varia. A amplitude vai ser então:

A r = 1 5 π c o s π 4 - φ 2

Beleza! Mais um pouco de trigonometria. Vamos usar a fórmula:

cos ⁡ a - b = c o s a ∙ c o s b + s e n a ∙ s e n b

A r = 1 5 π c o s π 4 ∙ c o s φ 2 - s e n π 4 ∙ s e n φ 2

A r = 1 5 π 2 2 ∙ c o s φ 2 - 2 2 ∙ s e n φ 2 = 2 10 π c o s φ 2 - s e n φ 2

Passo 8

Maravilha! Vamos lembrar da relação que a gente tinha achado antes:

A r = 2 A

Substituindo o valor de A:

A r = 2 10 π

A r = 2 10 π = 2 10 π c o s φ 2 - s e n φ 2

c o s φ 2 - s e n φ 2 = 1

Vamos elevar ao quadrado dos dois lados, ok?

c o s 2 φ 2 - 2 c o s φ 2 s e n φ 2 + s e n 2 φ 2 = 1

Lembrando que:

c o s 2 φ 2 + s e n 2 φ 2 = 1

E que:

2 c o s φ 2 s e n φ 2 = s e n φ

Vamos trocar:

1 + s e n φ = 1

s e n φ = 0

Então:

φ = 0   o u   φ = π

Ufa.

Resposta

a) f = 0,25   H z , v = 0,2   m / s

b) A = 1 10 π   m

c)   y x , 2 = 1 10 π sin ⁡ 5 π 2 x - π 2

d) φ = 0   o u   φ = π

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