Um capacitor de placas planas paralelas, circulares e cujo raio das placas é muito maior que a distância entre as mesmas está inicialmente descarregado. A partir de um certo instante, o capacitor começa a ser carregado por uma corrente que cresce linearmente com o tempo , onde . Sobre os campos elétrico e magnético que podem eventualmente surgir entre as placas durante o carregamento do capacitor, pode-se afirmar que:

1. Surgirá apenas um campo elétrico estacionário
2. Surgirão um campo elétrico estacionário e um campo magnético não estacionário, colineares entre si
3. Surgirá apenas um campo elétrico não estacionário.
4. Surgirão um campo elétrico não estacionário e um campo magnético estacionário, colineares entre si
5. Surgirão um campo elétrico não estacionário e um campo magnético estacionário, perpendiculares entre si
6. Surgirão um campo elétrico e um campo magnético, ambos não estacionários, e perpendiculares entre si

Entre as placas não existe corrente de condução:

Portanto:

O campo elétrico aponta de uma placa para outra como já sabemos e, para essa equação acima fazer sentido, o campo magnético deve ter um aspecto circular, ou seja, tangente à nossa Amperiana em todos os pontos. Ou seja, surgem dois campos ortogonais entre si.

Agora precisamos determinar se eles variam com o tempo ou não. Como a corrente elétrica varia com o tempo:

Sabemos que a corrente considerada é a de deslocamento, portanto:

Segue:

Podemos ver que o campo magnético varia com o tempo. Se você quisesse podia resolver com todos aqueles argumentos que sempre usamos:

E provar que varia com o tempo pra valer. Mas como é múltipla escolha basta você perceber este fato.

Agora para o campo elétrico novamente temos a equação da corrente de deslocamento:

Isolando e integrando:

Seguindo a definição de fluxo, temos uma espécie de Lei de Gauss:

E dá pra ver que o campo varia já... Mas se você quisesse podia resolver com argumentos idênticos à da Lei de Gauss mesmo:

E provar que varia com o tempo de fato.