Calcule a integral

∫ 0 2 ∫ - 4 - x 2 4 - x 2 e x 2 + y 2 d A

Passo 1

Faaaaaala, galera... Tranquileba?? Mogli na área 😊. Bora responder Aí essa questão?

O exercício nos pede para calcular uma integral que, eu, você ou alguém desatento poderíamos passar uma eternidade tentando resolver. Acontece que quando estamos fazendo integrais, especialmente as confusas, é bacana tentarmos olhar a integral por um outro ponto de vista, e isso é basicamente tentarmos visualizar a integral por outras coordenadas.

Mas antes, é bom termos uma noção das variáveis de integração. No nosso caso temos d A , mas é d x   d y   ou d y   d x ? Nesse caso é d y   d x , porque a o primeiro limite de integração depende de x.

Para isso, é interessante que façamos um esboço da região de integração, e temos algo nessa pegada:

Veja que temos uma região bidimensional e circular. Qual coordenada seria interessante aplicarmos?

As coordenadas polares, certo? Veja como elas são:

Onde agora as regiões de integração são r e θ , então só temos que analisar a distância r até a origem e em quais regiões o ângulo θ circula.

ATENTE-SE: quando fazemos uma troca de coordenadas, lembre-se que estamos olhando o problema por outra visão, então deve haver um aplicador que “ajeite” essa troca de coordenadas, ele é chamado de Jacobiano. É calculado, para o caso das coordenadas polares, dessa forma:

Então, vamos colocar um r multiplicando dentro da integral.

“Então ok, sabemos que podemos olhar uma integral de diversas coordenadas. E uma vez achada a melhor coordenada, vamos aplicar e verificar os novos limites de integração para essa coordenadas, sem nos esquecermos do Jacobiano, certo, Mogli?” Isso mesmo, carinha.

Com a faca e o queijo em mãos, bora lá.

Bora pro próximo passo?!

Passo 2

Obrigado por vir.

Assim, veja pela imagem que:

O raio vai de 0 até 2, e que o ângulo θ percorre de - π 2 até π 2 . Assim, resumindo:

0 ≤ r ≤ 2

- π 2 ≤ θ ≤ π 2

E analisando a função:

e x 2 + y 2

E sabendo que x 2 + y 2 = r 2 então:

e r 2

Passo 3

De forma que a nossa integral fica:

∫ - π 2 π 2 ∫ 0 2 e r 2 r   d r   d θ

O r que multiplica é o Jacobiano.

Passo 4

Temos outro problema que é integral e r 2 r .

“Mas Mogli, é problema atrás de problema”. Sim, mas esse é fácil de resolver.

Como? Podemos usar uma substituição.

Façamos r 2 = u assim d u d r = 2 r . E lembre-se, quando fazemos alguma substituição na integral, qualquer que seja, temos que verificar também como que ficam os novos limites de integração nessa substituição. Desse modo:

q u a n d o   r = 0 → u = r 2 = 0 2 = 0

q u a n d o   r = 2 → r = r 2 = 2 2 = 4

Assim a nossa integral fica:

∫ - π 2 π 2 ∫ 0 4 e u   r 2 r d u   d θ = ∫ - π 2 π 2 ∫ 0 4 e u 2   d u   d θ

E assim fica muito mais fácil. Integrando em u:

∫ - π 2 π 2 1 2 e u 0 4 d θ

∫ - π 2 π 2 1 2 e 4 - 1 d θ

Veja que 1 2 e 4 - 1 é constante para θ . Assim podemos tirá-lo da integração

1 2 e 4 - 1 ∫ - π 2 π 2 d θ

Integrando em θ :

1 2 e 4 - 1 π 2 - - π 2 = π 1 2 e 4 - 1

Assim, resumindo:

∫ 0 2 ∫ - 4 - x 2 4 - x 2 e x 2 + y 2 d A = ∫ 0 2 ∫ - 4 - x 2 4 - x 2 e x 2 + y 2 d y   d x = π 1 2 e 4 - 1  

Resposta

∫ 0 2 ∫ - 4 - x 2 4 - x 2 e x 2 + y 2 d A = ∫ 0 2 ∫ - 4 - x 2 4 - x 2 e x 2 + y 2 d y   d x = π 1 2 e 4 - 1

Exercícios de Livros Relacionados

Determine todos os valores de p para os quais I p , a tem um limite finito quando a tende para + ∞ .
Se a0 , seja I (a) = int_(- a)^a e^(- u^2) d u .Mostre queI^2 (a) = int int_D e^(- (x^2 + y^2)) d x d y Onde:D = [- a , a] xx [- a , a]
Se a0 , seja I a = ∫ - a a e - u 2 d u .Se B 1 e B 2 são bolas inscrita e circunscrita a D , respectivamente mostre que ∫ ∫ B 1 e - x 2 + y 2 d x d y ≤ I 2 a ≤ ∫ ∫ B 2 e - x 2 + y 2 d x d y
Determine o volume dos sólidos W abaixo. W é limitado pelas superfícies z = x 2 + y 2 , x 2 + y 2 = 4 , x 2 + y 2 = 9 e o plano z = 10 .
Calcule int int_D (e^(((x + y)/(x - y))))/((x - y)^2) d x d y , ondeD = {(x , y) in R^2,1 = (x - y)^2 = 4 , y = 0 e x + y = 0}